domingo, 4 de julho de 2010

Revolução Industrial, Motores a vapor, Locomotivas e Engenhos Sergipanos de açúcar.

Como sabemos a revolução industrial não apenas representa uma mudança nos modos de produção, como comumente é visto e dito pela maioria das pessoas, anteriormente a essa mudança de produção há o processo de desenvolvimento tecnológico que é um dos pontos mais importantes da revolução.

A aplicação das mais diversas técnicas, algumas inclusive já existentes antes da época em que a costumamos datar a revolução, mostra que o movimento da revolução industrial está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento tecnológico, assim como o próprio desenvolvimento tecnológico está intimamente amarrado em si mesmo um exemplo são os vários inventos que surgem não só aprimorando os anteriores, como também completando ou facilitando as mais diversas etapas de um processo criado anteriormente.

Um exemplo disso é a máquina inventada por Thomas Newcomen, o pai da máquina a vapor, a máquina em questão tinha como objetivo drenar a água das minas de carvão inglesas.

Más água? Como assim?

Era comum as minas tornarem-se mais fundas à medida que a exigência de carvão aumentava, e era mais comum ainda os mineradores acabarem atingindo algum lençol freático durante a escavação, então aí é que entra a máquina de Newcomen, que mais tarde foi aperfeiçoada por James Watt, aumentando a distância na qual a água era bombeada para fora das minas.

Motor a vapor

E falando das minas que tinham como principal função na Inglaterra alimentar as máquinas das indústrias têxteis com o seu carvão mineral, então assim tudo girava de forma que a tecnologias desenvolvidas se auto-completavam em vários aspectos.

A mesma coisa acontece no desenvolvimento da locomotiva, unindo assim um conceito e uma tecnologia já antes inventada (a do motor a vapor, que já havia sido aperfeiçoada por Watt) que é empregada agora com uma nova função, o desenvolvimento da locomotiva a vapor passou por três etapas.

A primeira locomotiva a vapor, foi inventada por Richard Trevithick em fevereiro de 1804, porém o modelo inventado por ele era muito pesado e seu uso progressivo danificaria os trilhos, então em 1814 George Stephenson aprimora a locomotiva a vapor e dá o nome de Blucher, mais tarde ela é aprimorada e surge a locomotiva Rocket, com um novo sistema tubular inventado pelo francês Marc Seguin que fez ela percorrer 30 km/h.

Locomotiva Trevthick


Sistema de funcionamento da locomotiva a vapor


No Brasil

A circulação de idéias não é novidade alguma, e como já era de se esperar a invenção desses motores a vapor acabaram não só mudando a vida de localidades em que foram inventados como também de várias outras localidades para qual foram comercializados, e um desses lugares foi o Brasil.

A priori é bom lembrar que no Brasil durante o período de 1500 a 1808 a implantação de indústrias era proibida no país, só com a vinda da família real que essa situação muda de figura e passa a acontecer uma série de liberações na entrada de produtos industrializados e com algumas leis protecionistas que depois foram aplicadas para aumentar a competitividade do produto nacional, mas ainda assim a industrialização do Brasil ainda era pequena.

É por volta de 1850 que as maquinas a vapor começam a adentrar no Brasil, em um dos campos mais importantes no país até hoje, a agricultura. Várias máquinas começaram a ser usadas na fazendas de café e assim iniciando a industrialização da agricultura no Brasil, mas...e em outros lugares.

Em Sergipe

Como sabemos o cultivo da cana-de-açúcar no nordeste era tão importante quanto, o do café no sul, muito embora o ciclo do café estivesse em alta isso não quer dizer que todos produzissem café, ou que as outras culturas passassem a não existir, no nordeste a cultura da cana-de-açúcar ainda era forte na época muito embora as sanções do comércio internacional de escravos tivessem diminuído a quantidade de mão de obra e a aumentado o custo da mesma.

Segundo Manuel Diegues Junior em seu livro O engenho de açúcar no nordeste, ele mostra um fato até então maravilhoso, na Bahia em 1815 existia um engenho que era movido a máquinas a vapor, muito embora tenha sido o único na época, porém segundo o mesmo em Pernambuco essa tecnologia já era utilizada em 1817, ou seja pouquíssimos os engenhos de açúcar empregavam no início do século XIX, porém esse quadro muda durante a segunda metade do mesmo século e muda mais ainda no início do século XX, onde inclusive em Sergipe a utilização de engenhos a vapor excede em quantidade os engenhos da Bahia que utilizava a mesma tecnologia, enquanto Pernambuco lidera com quase 800 engenhos a vapor.

Em Sergipe não foi diferente, a adaptação da economia açucareira sergipana a produção industrial iniciada nesse setor, o engenho vassouras é um dos exemplos de engenho que se modernizou junto a vários outros.

Mesmo que a produção açucareira em Sergipe fosse pequena se comparada à produção de outras localidades como Bahia e Pernambuco, o exemplo é válido tanto para mostrar a força da economia açucareira em Sergipe quanto para marcar a modernização desse tipo de produção com as mais novas tecnologias existentes.

A brilhante Motocicleta a vapor


Referências Bibliográficas

AMARAL,Danilo.História da Mecânica: Motor a Vapor. Net book disponível na internet para download no endereço http://www.demec.ufmg.br/port/d_online/diario/Ema078/. Visitado no dia 04/07/2010.

SHIMADA, Shizieli de Oliveira. O agronegócio da cana e a (des)configuração do espaço agrário num processo local/regional/nacional. Disponível para download e visualização no endereço:

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:-ZvUjegbxEsJ:egal2009.easyplanners.info/area06/6080_SHIMADA_SHIZIELE_DE_O__.doc+O+agroneg%C3%B3cio+da+cana+e+a+%28des%29configura%C3%A7%C3%A3o+do+espa%C3%A7o+agr%C3%A1rio+num+processo+local/regional/nacional&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Visitado dia 04/07/2010.

JUNIOR, Manuel Duiéguis. Tipos de Engenho. In: O engenho de açúcar no nordeste. Maceió, EDUFAL, 2006.


Referência das Imagens

Maquina de drenagem da água feita por Thomas Newcomen http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Newcomens_Dampfmaschine_aus_Meyers_1890.png

A locomotiva de Trevithicks

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Trevithicks_Dampfwagen.jpg

Sistema de funcionamento da locomotiva a vapor

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Walschaerts_motion.gif

Motor a vapor

http://www.museudantu.org.br/Tecnologica/lenoir2.jpg

Motocicleta a Vapor?

http://fotos.sapo.pt/YAFkEaFB0c0NyLh5OmBd/

Motor a vapor de Dupla ação

http://www.mundofisico.joinville.udesc.br/imagem.php?idImagem=375

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Quarta aula: Afinal o que é cultura?

Toda cultura é única.
Cada cultura tem seus rituais , sua religião, sua forma de ver o mundo.
Mas quando duas culturas que acham estar no centro de tudo se encontram,
o que acontece.
A diferença cultural faz o seres agirem sem pensar um pouco
discriminando e taxando os outros como esquisitos, doidos e etc.
Quando uma pessoa está ligada a uma cultura ela é obrigada a defender a cultura
na qual está inserida.
A cultura nasceu da necessidade de sobrevivência do ser humano, dessa
necessidade nasceram costumes e rituais, materiais (os quais você pode ver tocar ex:lanças)
e imateriais (que não podem ser tocados mas podem ser passados ex: receitas de bolo e cantorias).
Cada cultura é lógica e racional dentro do seu próprio mundo, mas elas possuem
uma tendência a ser etnocentrista (a achar que estão no centro de tudo, que são superiores).
A cultura é o fazer social de cada individuo.

Terceira aula:Pela possibilidade de uma nova "História dos outros"

A História que vemos normalmente foi feita pro heróis
que lutaram, venceram mas seus erros não foram contadas
Mas alguns historiadores estão destoando da pesquisa sobre
grandes fatos e se atendo a histórias do quotidiano (tidas errôneamente como pequenas)
e se atendo as pessoas comuns.
Isso é muito bom porque as pessoas passam a ver a história
de uma forma mais intima pois os personagens retratados são
semelhantes a nós seres comuns, e não heróis que não erram.
Uma pena é que infelizmente mesmo com trabalhos sobre isso
sendo publicados eles ficam restritos a bibliotecas por serem trabalhos acadêmicos.
E sendo assim ficamos preso a História de sempre, a que conta apenas
os fatos grandes feitos por certos heróis.

Visita ao arquivo do judiciário

Bem essa aula foi muito f***
A visita ao arquivo me ajudou bastante a ver
que eu estava no rumo certo e que seria muito legal
chegar a pesquisar lá um dia.
O arquivo foi criado em 1984, mas a estrutura orgânica só
veio em 1991 com a lei Nº 3098.O arquivo teve outras sedes
mas a que a gente visitou foi a atual (dã... só não ia ser a que derrubaram né lerdo que escreve)
criada em 2005 de acordo com os padrões exigidos pelas
normas da arquivologia contemporânea.
No arquivo o historiador faz as transcrições que são necessárias
para a pesquisa.
Agora vem a dor de cabeça a busca não é feita por temas
mas sim por datas ou principalmente por comarcas, sendo de
grande importância que os historiadores saibam as comarcas.
Uma pena é que o historiador só tem acesso a documentos com no máximo
100 anos para fazer a pesquisa, menos que isso é bem complicado porque
devido a segredos de justiça.
Pra terminar vou dar o site do arquivo que é muito legal:
http://www.tj.se.gov.br/arquivojudiciaro/

Segunda aula: Valorização da História local

Como posso dizer...,
essa aula me fez repensar muito a minha forma de pensar
e de ver o meu estado, não que eu fosse um idiota total que
chama Sergipe de "fim de mundo", não, mas aprendi a
valorizar melhor a cultura e história do meu povo.
Na aula nós discutimos como a História que é contada pela
maioria (imensa) dos livros é um produto da visão dos
historiadores do eixo rio-São Paulo achando que tudo que
aconteceu lá também aconteceu no resto do Brasil, sendo que
as coisas podem não ter ocorrido dessa forma.
E a História local como fica?
Bem no momento sendo vista (as vezes) em algumas escolas
porque é conteúdo do vestibular e em outras nem acabamos vendo.
Sendo que com certeza mesmo o único lugar que você vai estudar
História de Sergipe é no curso de História de Sergipe, ou se o cara
tiver muita paciência pra pesquisar no arquivo público...

Primeira aula: Um passado muito próximo e distante

Cá estou eu pra falar da real primeira aula
na qual o professor Antônio mostrou pra que veio e
nos colocou pra pensar sobre as dificuldades da pesquisa
histórica, e nos mostrou o papel do historiador como
pesquisador não podendo expor suas emoções e tendo que
permanecer como um observador do fato estudado sem
interferir com algum comentário pois assim iria prejudicar
a crítica do tema.
Então no final da aula percebemos que a história é delimitada
principalmente pela percepção do historiador.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Bem...

Bem...eu nunca mesmo iria imaginar que estaria algum dia escrevendo um blog, mas eis que entro na faculdade e vem o professor pedir pra gente fazer um blog com os matériais das aulas dele e outras coisas que nós fizermos.
pra mim foi uma idéia diferente e mepegou de surpresa porque como eu mensionei antes nunca tinha pensado em escrever um blog, justamente nessa fase que eu estava vivendo agora de afastamento da internet porque não a achava mais interessante como antes.Mas estou muito animado e entusiasmado com esse espaço.Além disso vou ver se falo com o professoar pra ver se posso postar outras coisas além de assuntos relacionados a história, pois isso seria bastante legal.
Então pra terminar queria dizer que vou atualizar ele sempre que possível(pq sou o cara mais preguisoço que eu conheço) e quem quiser falar comigo manda uma mensagem pra hericly@hotmail.com
valeu e um abraço

já ia esquecendo o professor que mandou fazer o blog foi o Prof.Dr. Antônio Lindivaldo Souza que ministra aulas sobre História de sergipe(mais precisamente História de sergipe Icomo tá lá).

Pronto terminei.